Vânia/foto de Cilene Camargos
Vanialém
as constelações que caem de tua boca
Vania, não são vãs, são verbenas, vêm
da Albania. Verbenas só germinam sim
triangulares-oblongas em tropicalidade
Adriático, Macedônia e Grécia, rizomas.
Albania seria a estrela que feito águia
denominarei agora como tuo nombre.
não sei se existe, se está brilhando em
esse exato momento que palavras de
palpáveis falas estrelares saltam logo
entre teus risos, olhares e ritmos que
não consigo seguir como pauta plena
mas partitura atonal ou dodecafônica
sândalo e ervas aromáticas do briand
falas de uma menina sulamericanada
correndo entre superquadras em e ou
bicicletas, fuscas e outras automóveis
nada estonteante, mas pura boulez-a
a inteligência desdobrada nos olhares
fartura d’uma vida de atômica alegria
sempre o cravo na bolsa, e tal poesia
que inunda a superquadra, assombra
os pilotis, nossos passos, travessia e
quante cose sentivo di dirte m’anche
allora dovevo partire anche me viene
qualcosa, ma chissà lascia andare ah
sbaglio, stronzo, a me viene al cuore
alguma coisa rapidamente, almânias.