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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017


foto CA/2012

poema de VÂNIA SOUSA 


fevereiro acabou
como todo dia
com maior ou menor alegria
chuva, sol, céu azul
ou de tantas cores
q delícia de tarde
como me sinto confortável
nesta pele, neste lugar, nesta hora
tudo perfeito, belo, tranquilo.
se morresse agora,
nem precisaria arrumar os papéis
sobre a mesa, cama, cadeiras
teria morrido no carnaval
fantasiada de mim mesma

domingo, 19 de fevereiro de 2017



foto CA/2010

vamos


vamos sem apego
é tão difícil é um segredo
vamos sem domínio ou adivinho
é tão insuportável a previsão
vamos sem prisão de cartas
sem mágoa ou inação de signos
mas vamos máximos superlativos
mesmo com os restos de ossos e
carnes que nos vestem a corpórea
matéria o fluxo das artérias e veias
as areias na memória cobrindo tudo
a memória em descalabro ascende
às mais inúteis dores e os pavores
que chegam como insetos de verão
e não passam de insetos em poucas
horas de voo e vida e voejar sob as
lâmpadas da rua anestesiada em que
fica a casa donde habito um eterno lar
a natureza me trai mas estou longe dela

sábado, 18 de fevereiro de 2017

grameiro na quadra 1/Sob/18.2.17- CA

fotograma


estes são dois grameiros
finalizando maquinações
pedi e permitiram o retrato
e ainda conversamos breve  
o motor no corpo pesa
apenas menos que oito quilos
a roupa é que dobra o peso
botas capacete capas plásticas
serviço pesado cortante extenua
e eles não cuidam do detalhes
apenas podam gramíneas da rua
sob o poder musical maquínico
de besouros sobrevoando o chão
o que seria o resto o acabamento
fica por conta do tempo  tangido
agora por cães escandalosos ou
talvez maltratados latindo para
interromper a tentativa da foto
a possibilidade de relembrarler
o que poderia ter dito e que não 

sábado, 11 de fevereiro de 2017


foto CA/11.2.2017

notícias de um sábado de verão


trânsito do eixo alterado
137 mortos e protestoss 
adolescente espancado
na uti e quase morro aqui
pai mata filha diante dos
netos acidentes na madr
ugada marido infiel acus
a uber ministro da defes
a normalidade restaurad
a um hacker joga nome 
de temer na lama mãe m
anda filho à europa recic
lando lixo e mil baleias en
ncalham e morrem na pra
ia mulher discute com bê
bado e é atropelada na m
arginal do tietê oh senho
r me livra dessa verborra
gia úmida sangria de sáb
bado que nunca dá sosse
go ao bobo do ego perdu
to estate il sole che ogni!

domingo, 5 de fevereiro de 2017


foto CA/jan 2017, BsB

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