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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

poesia paraquem

Assim se sucedeu:
Vinha pela calçada sombria da noite
Com as compras do mercado e
Cervejas e uvas verdes.
Um baque no chão, uma lata de bebida 
espatifou-se
atrás de mim.
Caiu do saco plástico
E jorrando espuma rolando no céu
Com a graça de um pequeno gato
Com o jato de uma fonte aflita
À sombra do flamboyant vermelho.

Parecia dizer aquela cena na calçada
Não me beba ou beba-me agora
Que vergonha essa sua atitude
Diante de uma latinha gelada
Ainda há outras, pode aguardar um minuto.
Disfarça e caminha rápido
Em casa abrirás outra lata.