Harold Lloyd no filme Safety Last/1923
calar ou cantar
colapsar ao sopro roído nãodigo não ao ridículo
retrato telas ao redor
me empurrando rumo
à tal depressão virtual
girando escrota a rota
das horas implacáveis
levanto-me para alongar
o tronco e os membros
e não sucumbir ao mesmo
ente indesejável de tempo
ardente em fogo facínora
enquanto a tarde avança
sobre o teto de amianto
foda-se o mundo imundo
sairei dos clichês e focos
quando a cena terminar
com o prazer dos atores
que não se subestimam
sofrem no papel mas lá
no fundo do peito eles
ou elas deliciam outro
o teatro é minha pessoa
coração sejas alteridade
e cantando viverás.
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