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domingo, 2 de julho de 2017



filme socialismo


os mares de Godard
godarespoir godardos noar
um navio íris de ísis multiétnico
pluriténico cinemaexessência
um oceano de ondas espumas profundezas
gentemalhandonoconvésdacriseemaltomar
porquenãosomosamados
perderamsepotenciassanguíneas
do amoreissomeangustiano
ossodopeito
exéquias excretoras
tímpanos tumbadoras
aparelho do navegar virtual
a pele da baleia do elefante
marinho dos cardumes em
cinemascópio


argel
chega de crimes e de sangue
as coisas dascoisas nas coisas
nas cabines comandos controles
o dinheiro os bares as línguas
negativos números
a palestina sina de sangre
cisne branco e gigante ofega
deslizando nesse mar de refregas
azul de geometria exangue
o pensamento dialético no esgoto
escumas e escunas flutuantes espumas


a mente suga da matéria
percepções desproporcionais
alimento elementar
nadam claridades voam
reflexos negros submergem
cenamemórias  língualheia
quando falo comigo mesmo
utilizo palavras ouvidas do outro
revolução helás reles
as áfricas mais uma vez se fuderam
o que sempre fizemos é patético
egito palestina odessa
grécia nápoles barcelona
ao sol é a morte
nunca olhar de frente


esta manhã enterraram
a estátua do meu deus sangrando


jogo taças no mar
ele o deus nunca promove genocídios
eu sou aquela mãe do fotograma eiseins
subindo os degraus da escada de odessa
em desatino com o filho jazendo nos braços
o pensamento dialético no esgoto
voltam as espumas flutuantes
escunas acústicas


esta noite sonhei e aconteceu
lançavasêmen no maremslowmotion
sem me importar com as câmeras on
segurança or algum olhar de satélite
           
amava o mar amava a mar
tocava uma ária de sereia
no parapeito eis o god ardendo
nas chama(da)s do mundo
sem comentários e é fim

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