quarta-feira, 6 de julho de 2016
foto de Miguel Arcanjo Prado em site próprio do artista
exposto a Maria Alice Vergueiro
buscas a vida em nós da plateia
descalça e chegando com reverências de diva
e antes de encenares a tua própria despedida
um fogo de compaixão e amor brota
em teus pés ligeiros deslizando na cadeira
de rodas da mais ancestral teatralidade
hoje e amanhã e depois não terei medidas
nos versos que gostaria de arrancar flores
da natureza para reconhecer em ti a beleza
diante de tantos supérfluos acenos encenados
caem as máscaras de sarcasmo e compaixão
e um charme intacto nos olhos mergulhadores
em cada um de nós celebrantes calados lanças
espalhas uma suma claridade sanguínea
e voam gestos rasgantes dos tempos
a menina no templo do teatro e alegorias
o pândego e o perfeito feito egípcio clamor
em que os atores surtam e o público acode
uma criança política dançando sua valsa última
as mãos adejando a esmo
pulsando coração nas mãos
morta e uma mão na cena do nada
tomada pulso take truque
ou fingindo ou profanando é teatro
o epitáfio é - 2 pontos - a mediocridade me devorou
então esta atriz não representa nada
diria aquele que não viu e se precipita
a peça Maria Alice Vergueiro em seu
velório virtual e viralizado não brinca
nos castiga com o espanto e a ternura
espelhando nosso próximo velório
desvela tu Vergueiro oh quão dessemelhantes somos
requiescat in palcum evoé ommmmmmmmmm
maaaaaaaaariiiiiiiiiiaa amada......te beijo viva
e sopramos assim mortos em teu berço balanço
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