sábado, 6 de dezembro de 2014
foto do site do museu de arte moderna do rio de janeiro.
MAM
eu não sacava a arte moderna
mas rondava o seu museu
eu era transcontemporâneo
e entre as pedras do jardim
imaginava um país!
se puxo o fio da meada
que nada! os canas chegam quentes
as figuras sabem disfarçar muito bem.
os guardiães das peças raras
simulam roubos e incêndios
do mar que sopra em vão entre vãos
de reidy em rajadas, de burle em balões.
a lombra é longa e bem maior que os cabelos
alguma face clara te reflete em espelhos
o que me assombra é o desastre de um artista
depois o fogo quebra os vidros
e obras vivas se incendeiam.
a obra-prima perde a alma
estou queimado ao sol das guerras guelras
os raios partam tudo que resta em aragens
entre o mar e o mam da manhã maresias.
esta canção não termina nunca
de 1983 aos dias muvucas
hans trammam
por você, respire fundo.
hans tramm,
termine por mim
a pós-moderna estrutura.
(Rio, 1983 - BsB, 2014.)
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