Fernando Eiras em Dias de Nietzsche em Turim, de Julio Bressane
relato conjugado
não acredito que os cães
ladram por eu passar frente
às suas prisões domésticas
não acreditas que moras
na satélite apagada morna
pagode vingativo vazando
não acredita nas medidas
torpes provisórias e fascistas
escabrosas do fudido golpe
não acreditamos em desfechos
em defeitos de roteiros e vingança
desastres desgraçados na democracia
não acreditais nos tais vulgares
momentos de canais sanguinários
soberanas são ficções da pós-história
não acreditam na fúria disseminada
em mísseis (teatro) de operações
em mitos e desvelos perversos
os verbos não servem mais como tema
se conjugados no passado no presente
no futuro escuro ou apenas no cinema
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