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terça-feira, 24 de janeiro de 2017


foto CA/2013, maranhão


vuelvo al sur



claro sou venir que mostro pra você
here in myself the heart belongs to
só na solitude algum sentido faz 
pérola de paranoia extraída
mel de melancolia doce amargo
fina chuva molha o cristal da dor
cura e depura o corpo em extinção
um tição de ser que só tem palavra
um escravo escreve sua própria lavra
livrando-se dos grilhões da fornalha
preso em casa já é alguma coisa ou
é mais ainda alterada coisa que degredo
esse segredo que todos vãos desvelam
camuflagem em favas contadas no trovão
leilão de mim mesmo para tua cena
devir que me desvio e me enfio filho
no ser da morada pulcra conjunção
de pai e mãe lençóis plenos de suor
e juro que não queria chegar a esse ponto
fumo um vagalume me apago ascendo
ardo silêncio suvenir e sobrevivo canto
uma tênue cortina de canto e silêncio     

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