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sexta-feira, 25 de julho de 2014


fotos/Tayla Lorrana/25.07.2014

sonata em d


dormindo de capacete dromedário
dentro de um vulcão incandescentescuro
descendente de Zaqueu quero subir o mais alto,
deus poder, drones dirigem-se detrás de estrelas
devo acordar, despertar, não sonhar desesperos;
do espírito santo não se pede voo em crateras,
de Empédocles, o poeta que se atirou no Etna,
drenam as artérias, desmancham-se os dons,
dizem os contadores de histórias (dr/amar-te),
dizem outros no Vesúvio, vulcão de nome magma
de metais, et cetera - isso precisa ser conferido.
deslocar é preciso o drama e a dormência,
dar-vos-ei meu dodecafônico diamante de dor,
dispensável em qualquer estrada distraída.
dedos com pedras e agulhas de maquiné.
dar-te-ei o que sobram delirantes destinos
da primeira viagem ao Rio, a marítima jangada,
desastres com o elenco, desaforos entre atores,
deambulações extenuantes de ensaios vãos.
Drica Moraes me fez chorar no Rei da Vela,
deverá me pagar por tal paixão plutônica.
destarte não posso segui-la em diante,
doem os outros e também doeram-me
dantes, dentes e mais, por isso esqueço demais.


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